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O Município de Esposende vai dar continuidade ao Programa “RecolhaBio - Apoio à implementação de projetos de recolha seletiva de biorresíduos”, por via de um novo contrato de financiamento a estabelecer com a Comunidade Intermunicipal (CIM) do Cávado. A proposta foi aprovada, recentemente, pelo executivo municipal, em reunião de Câmara.

Nesta nova fase, Esposende dispõe de um montante que pode ir até 143.653,69 euros, para prosseguir as ações implementadas no território concelhio, no sentido de promover uma reciclagem mais efetiva e reforçar a redução de deposição dos resíduos e, especificamente, de biorresíduos em aterro, incentivando, em simultâneo, a economia circular.

Esta nova linha de financiamento, decorrente do protocolado entre a CIM Cávado e o Fundo Ambiental, é o montante devido ao Município relativo ao pagamento dos valores das taxas de gestão de resíduos (TGR), efetivamente pagas em 2022.

Comprometido com o cumprimento da diretiva da União Europeia, que estabelece a obrigatoriedade de separar e reciclar na origem os biorresíduos, evitando o seu envio para aterro, o Município, através da empresa municipal Esposende Ambiente, tem vindo a desenvolver um importante trabalho a este nível.

O primeiro passo foi a definição do modelo de recolha seletiva e valorização de resíduos alimentares e de jardim (verdes), que representavam, em 2021, mais de 40% do total dos resíduos gerados, tendo optado por um modelo de recolha seletiva porta-a-porta e compostagem.

Uma importante fonte de resíduos alimentares é o setor não doméstico, nomeadamente unidades de restauração e instituições (lares de idosos, supermercados, etc.), razão pela qual está já implementado um circuito de recolha junto destes produtores.

Visando a comunidade em geral, foi implementado pela empresa municipal Esposende Ambiente, o projeto-piloto “Biocávado”, através do qual foram distribuídos 300 compostores familiares, foi instalado um compostor comunitário e foram distribuídos 180 baldes para depósito no compostor comunitário.

Através deste novo contrato de financiamento, é possível alargar o âmbito deste projeto, por forma a que cada vez mais consumidores domésticos possam fazer o devido encaminhamento dos seus biorresíduos, contribuindo para o esforço coletivo de separação dos resíduos alimentares na origem.

A sensibilização assume, neste particular, uma grande relevância e constitui uma peça importante da mudança necessária. Importa, pois, que a comunidade esteja comprometida com a recolha seletiva de biorresíduos, até porque que a sua valorização resulta, também, em benefícios económicos locais, na medida em que o fruto do trabalho de compostagem será o fertilizante a distribuir pelos próprios utilizadores e a ser aplicado nos espaços verdes das freguesias e do Município, numa lógica de economia circular.

Esta postura enquadra-se na estratégia ambiental do Município e contribui para o cumprimento das metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030, da ONU, nomeadamente no que se refere ao ODS 11 - Cidades e comunidades sustentáveis, ODS 12 – Produção e consumos sustentáveis, ODS 13 - Ação Climática e ao ODS 17 - Parcerias para o Desenvolvimento Sustentável.

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